FUTEBOL PAIXÃO MAIOR DO BRASILEIRO

segunda-feira, 4 de junho de 2012

BRASIL PERDE PARA O MÉXICO, NORMAL


A seleção brasileira fracassou na missão de repetir as boas atuações das vitórias contra Dinamarca e Estados Unidos. Sem inspiração no ataque e desajustada na defesa, a equipe do técnico Menezes foi derrotada neste domingo por 2 a 0 pelo México, em amistoso disputado no Estádio dos Comboys, em Dallas, nos Estados Unidos. Com o resultado, o time perde uma invencibilidade de dez partidas sob o comando de Mano Menezes. A seleção brasileira não era derrotada desde agosto do ano passado, quando caiu diante da Alemanha fora de casa. A derrota deixou a equipe irritada - Neymar e Marcelo discutiram e trocaram provocações e até agressões com os mexicanos.
Durante os 90 minutos, a Seleção insistiu no vício de atuar quase que exclusivamente pelo lado esquerdo, com Neymar, que foi bem marcado pelos mexicanos. Outras opções ofensivas que brilharam nas partidas anteriores, Oscar e Hulk também decepcionaram. O México construiu o triunfo com gols de Giovani dos Santos e Chicharito Hernández. O Brasil volta a atuar no sábado, no fechamento da série de amistosos no exterior. O adversário será a arquirrival Argentina, em Nova Jersey, nos Estados Unidos - e os argentinos jogarão com sua seleção principal, liderada por Messi.
Erros - Cercado de rivalidade, o encontro entre México e Brasil começou com um lance discutível. Aos dez minutos, Leandro Damião foi lançado nas costas da zaga e, com grande categoria, marcou o gol na saída do goleiro Corona. Mas o árbitro acabou com a alegria dos brasileiros e anotou o impedimento. A resposta mexicana foi na mesma moeda, mas a diferença é que o gol acabou validado. Filho do brasileiro Zizinho, Giovani dos Santos marcou um golaço. Aos 22 minutos, ele invadiu a área pela esquerda, deu a impressão que iria cruzar e acertou um lindo chute por cobertura, sem chances para Rafael.

Com o gol, o panorama em campo mudou. O Brasil ficou com a posse de bola, mas encontrava muitas dificuldades de penetração. O México ficava com até oito jogadores na entrada da área. Desconcentrado, o Brasil levou o segundo gol em um lance infantil. Em um erro de passe de Rômulo, Juan se desesperou ao cometer um pênalti sem necessidade em Giovani dos Santos. Preciso, Chicarito Hernándes ampliou com chute no canto esquerdo de Rafael. Sem inspiração, a seleção assustou os mexicanos apenas pouco antes do intervalo. Aos 42 minutos, Oscar conseguiu sair da marcação e finalizou firme no canto esquerdo alto. Bem posicionado, Corona fez grande defesa.
Desfalque - Após o intervalo, o Brasil continuou com o problemas. Aos sete minutos, o México quase fez o terceiro. Em tabela pela esquerda entre Nilo e Zavala, Hernández perdeu a chance de empurrar a bola para as redes. Sem sucesso na missão de diminuir o placar, Mano apelou para as alterações. Aos 15 minutos, Alexandre Pato e Lucas substituíram Leandro Damião e Sandro. Mas, logo em seguida, a seleção quase levou o terceiro em arremate de De Nígris. Para trazer mais preocupações a Mano, o capitão Thiago Silva sentiu o joelho direito e pediu substituição. Sem forças, o Brasil teve que se contentar com a primeira derrota na série de amistosos no exterior e até gritos de "olé" da torcida mexicana.
O técnico conta com uma safra relativamente pobre em talentos. O Brasil tem bons jogadores, mas não está no mesmo nível das últimas décadas, quando contava com vários craques que se destacavam no futebol europeu. Resta Neymar, o único craque incontestável da atual geração. Nada melhor, portanto, que deixar claro: o time é Neymar e mais dez, e precisa ser escalado com esse princípio básico em mente. Do esquema de jogo à escolha dos coadjuvantes, tudo deve ser pensado para permitir que Neymar pratique seu melhor futebol.

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