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terça-feira, 3 de abril de 2012
BARCELONA VENCE MILAN COM PENALTIS DUVIDOSOS EM PLENO CAMP NOU
Esqueça a polêmica que envolveu as condições do gramado do San Siro na última semana: nada promete ser tão agitado nas próximas semanas como a discussão sobre os pênaltis marcados pelo holandês Björn Kuipers a favor do Barcelona nesta quarta-feira, no Camp Nou, pelo jogo de volta das quartas de final da Liga dos Campeões. O craque Lionel Messi nada teve a ver com isso e, com dois gols e novo recorde, garantiu mais uma classificação de sua equipe às semifinais da principal competição do continente, com vitória por 3 a 1 sobre o Milan. O argentino marcou em ambas as vezes de pênaltis discutíveis. No primeiro, ele sofreu a falta de Antonini, mas teria voltado de uma posição de impedimento - o lateral italiano, porém, se atrapalhou ao dominar a bola e cometeu a infração com o carrinho, em lance que gerou dupla interpretação (veja os melhores momentos acima). No segundo, o zagueiro Nesta acabou como vilão ao puxar a camisa de Busquets em um escanteio. Nocerino ainda pôs fogo no jogo entre os dois gols, mas Iniesta selou a vaga na etapa final. O argentino marcou em ambas as vezes de pênaltis discutíveis.
No primeiro, ele sofreu a falta de Antonini, mas teria voltado de uma posição de impedimento - o lateral italiano, porém, se atrapalhou ao dominar a bola e cometeu a infração com o carrinho, em lance que gerou dupla interpretação (veja os melhores momentos acima). No segundo, o zagueiro Nesta acabou como vilão ao puxar a camisa de Busquets em um escanteio. Nocerino ainda pôs fogo no jogo entre os dois gols, mas Iniesta selou a vaga na etapa final.
Seria raro Lionel Messi ter alguém protagonista como ele em um primeiro tempo que o Barcelona marcasse duas vezes - as duas com o argentino. Mas Björn Kuipers tratou de colocar mais polêmica em um clássico já quente desde a última semana.
Foram dois pênaltis assinalados na etapa inicial.
O primeiro veio aos nove minutos, quando o Barça já tomava conta do jogo e havia assustado o goleiro Abbiati em duas oportunidades, ambas com Messi - a segunda após um passe sensacional de Fàbregas que caiu no pé direito da Pulga. O zagueiro francês Mexès saiu jogando errado e entregou o ouro para o argentino, que preferiu o toque para trás. Antonini, porém, se atrapalhou e cometeu a falta no atacante, que teria se aproveitado de uma posição de impedimento na jogada - a bola veio do próprio lateral, que cortou passe de Xavi. Na cobrança, Messi colocou no canto direito e abriu o placar.
O Milan se atrapalhava com a movimentação do setor ofensivo catalão, que alternava de posicionamento. Seedorf também tinha dificuldades em acompanhar Xavi, assim como Ambrosini. Mas bastou uma jogada organizada para os rossoneros comprovarem o temor de Guardiola. Aos 32, Ibrahimovic deu ótima enfiada para Nocerino, livre na grande área, chutar rasteiro: 1 a 1. A superioridade em campo já era evidente, mas não há como negar que o gol, que àquela altura classificava os italianos, deu novo gás aos donos da casa. Abbiati teve sua meta sufocada até o apito final e até fez um bom trabalho. Só não pôde com mais uma penalidade. Aos 39, Nesta puxou Busquets em cobrança de escanteio e viu Björn marcar a penalidade. Os italianos reclamaram, mas Messi nada tinha a ver com isso. Desta vez no canto esquerdo, o argentino anotou o seu segundo na partida, e 14º em toda a competição, igualando o recorde do brasileiro Mazzola, artilheiro na temporada 1962/63.
Milan e Barcelona voltaram sem substituições para a etapa final. E o panorama também não mudou. Dono da posse de bola, o time de Guardiola foi apenas colecionando mais finalizações. Aos três, em falta da entrada da área, Xavi fez Abbiati suspirar. Cinco minutos depois, porém, não houve jeito: Iniesta recebeu lançamento de Messi e deu um toque por cima para abrir uma confortável vantagem.
Precisando sair para o jogo, Allegri mexeu: pôs Aquilani e Alexandre Pato; Xavi, que não estava na melhor de suas condições, também deixou o gramado. E os visitantes encontraram espaço para oportunidades. Aos 16, Robinho roubou a bola de Piqué, avançou e concluiu para boa defesa de Valdés - o juiz, no entanto, deu um toque de mão do brasileiro. Do outro lado, a resposta veio da mesma moeda: Messi recebeu na meia-lua e entregou para Thiago Alcântara dentro da área. O brasileiro naturalizado espanhol chutou para fora.
O Milan tinha pressa, mas não conseguiu transformar sua ambição em um futebol que incomodasse de verdade o Barcelona. Alexandre Pato, que havia entrado no decorrer do segundo tempo e jogado pela primeira vez desde fevereiro, sentiu dores musculares e deu lugar a Maxi López. Não fez diferença, e graças a mais gols perdidos pelo Barça no fim, o placar não se transformou em goleada.
barcelona 3 x 1 milan
Valdés, Daniel Alves, Piqué (Adriano), Mascherano, Puyol; Busquets, Xavi (Thiago Alcântara) e Fàbregas (Keita); Cuenca, Messi e Iniesta. Técnico: Josep Guardiola.
Abbiati, Abate, Nesta, Mexès e Antonini; Ambrosini, Nocerino e Seedorf (Aquilani); Boateng (Pato, depois Maxi López); Robinho e Ibrahimovic. Técnico: Massimiliano Allegri.
Gols: Messi, aos dez, Nocerino, aos 32, e Messi aos 40 minutos do primeiro tempo; Iniesta, aos oito minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Antonini, Nesta, Robinho, Maxi López, Nocerino e Mexès (Milan); Mascherano (Barcelona).
Estádio: Camp Nou (Barcelona). Data: 03/04/2012. Árbitro: Björn Kuipers (HOL).
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